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Como fazer um mochilão: tudo o que você precisa saber

Março 2024
9 MIN DE LEITURA

Uma mochila nas costas e o mundo inteiro para explorar: confira o guia que preparamos para você fazer uma viagem única e econômica.

Quem nunca teve aquela vontade de jogar algumas roupas em uma mochila, pegar um avião para qualquer lugar e explorar o mundo sem nenhum compromisso? O mochilão é uma maneira única de viajar e atrai aventureiros de todas as faixas etárias em busca de experiências autênticas e inesquecíveis.

Hoje vamos explicar tudo o que você precisa saber para planejar e aproveitar ao máximo essa aventura. Desde os diferentes tipos de mochilão até as melhores formas de economizar durante a viagem, nós explicamos tudo. Pegue a sua mochila e venha explorar essas dicas com a gente!

O que é, de fato, um mochilão?

É uma modalidade de viagem em que a simplicidade é a chave: o viajante carrega apenas uma mochila nas costas, contendo itens essenciais, e o objetivo principal é gastar o mínimo de dinheiro possível enquanto explora novas culturas, lugares e paisagens. Não há um itinerario fixo, e essa liberdade é o que torna o mochilão tão emocionante.

É claro, cada mochilão pode ser adaptado ao tipo de viajante e às suas preferências. Apesar de esse ser o conceito básico desse tipo de aventura, hoje muitos mochileiros preferem viagens mais luxuosas e confortáveis ou, até mesmo, trocam a mochila por uma mala de rodinha, por motivos diversos.

Independentemente da idade e preferências, essa é uma experiência que pode ser vivida por qualquer pessoa. Basta ter vontade, algum orçamento e bastante disposição.

Tipos de mochilões e mochileiros

Quando o assunto é mochilão, o primeiro pensamento que vem à mente é uma viagem longa, que dura meses ou mesmo um ano inteiro. Mas é possível fazer viagens mais curtas, de 15 dias a 3 meses, por exemplo, e aproveitar bastante ainda assim.

Existe também uma variedade de perfis de mochileiros, cada um deles com objetivos e estilos de viagem diferentes. Há quem trabalhe para viajar, a galera que se esforça bastante para juntar uma quantia que será destinada exclusivamente a esse objetivo.

Algumas pessoas, ainda, têm uma vida financeira mais confortável e flexibilidade para se afastar das suas atividades profissionais por um tempo para fazer a viagem ou têm um emprego remoto e podem trabalhar durante esse período — os famosos nômades digitais.

Um perfil ainda mais extremo é o do mochileiro “raíz”. Esse é o que segue os moldes básicos desse estilo de viagem, andando somente com o básico na mochila e gastando o mínimo possível

E para isso vale tudo, desde trocar força de trabalho por benefícios como hospedagem até usar e abusar da criatividade e talento, fazendo apresentações pelas ruas ou vendendo peças artesanais.

Como planejar um bom roteiro?

Dissemos mais acima que o mochilão é um estilo de viagem bastante livre, mas ter um roteiro básico dos lugares que você deseja visitar é essencial para conseguir conhecer todos ou a maioria deles.

O primeiro passo para isso é pensar nos seus objetivos pessoais. Quer conhecer paisagens deslumbrantes? Imergir em uma nova cultura? Desfrutar das gastronomias locais? Quanto antes você tiver os seus destinos definidos, mais fácil será encontrar passagens com um preço bacana.

Quanto ao orçamento, existem dois caminhos ideais: você pode planejar o seu roteiro de acordo com o valor que tem disponível ou economizar por um período para conseguir realizar a viagem dos seus sonhos.

Esse será o seu primeiro mochilão? Que tal começar com um roteiro nacional para se acostumar? Essa dica também é válida para quem tem um orçamento mais tímido e muita vontade de conhecer novos lugares. Aliás, destinos de tirar o fôlego não faltam no Brasil, não é mesmo?

Quanto custa esse tipo de viagem?

Os gastos variam dependendo das metas e destinos do viajante. O ideal é começar o planejamento bem cedo, por isso, quando tiver o seu roteiro definido, pesquise o custo de vida nos lugares que você pretende visitar.

Além disso, uma reserva de emergência é sempre indispensável. Mesmo que você tenha um planejamento impecável, sempre estará sujeito a imprevistos. Por isso, leve uma quantia com você para conseguir lidar com qualquer perrengue financeiro que possa surgir no meio da sua viagem. 

É possível, por exemplo, usar um cartão de crédito internacional para esse fim, mas lembre-se de liberar as transações internacionais com o seu banco antes de embarcar.

Encontrando passagens aéreas baratas

Se você não quer contar com a sorte para se deparar com uma super promoção um mês antes da sua viagem, mais uma vez a recomendação é planejamento. Tente iniciar a busca com, pelo menos, 6 meses de antecedência. 

Use sites de monitoramento de preços e fique de olho. Se encontrar um preço bacana, priorize passagens canceláveis e continue procurando. Você pode, eventualmente, encontrar algo ainda mais em conta e então poderá cancelar as passagens anteriores e realizar uma nova compra salvando alguns trocados — ou, quem sabe, uma quantia considerável.

Pesquisando antecipadamente o custo de vida das cidades

Até mesmo os gastos da sua viagem podem ser previstos, sabia? Basta realizar uma pesquisa prévia do custo de vida em cada um dos locais em que você pretende se hospedar.

Descubra quais os valores médios que a população costuma gastar com coisas essenciais, como alimentação e transporte. A partir daí, faça um cálculo simples da quantidade de vezes que você precisará gastar com cada uma dessas coisas e pronto, você terá a sua média.

Se planeje para desembolsar uma margem um pouco maior e não se esqueça da reserva de emergência.

O que é preciso levar?

Fazer as malas para um mochilão pode ser mais complexo do que para uma viagem comum. Isso porque é preciso, além de ter muito autocontrole, pensar bem nos itens que são indispensáveis para evitar gastos em excesso ao chegar no destino ou passar por perrengues ainda no começo da sua viagem. Mas seguindo algumas dicas é possível tornar esse momento um pouco mais fácil.

Documentos essenciais

Imagine a seguinte situação: você renovou o seu passaporte e tirou todos os vistos de que precisaria para passar pelos seus destinos. Mas não contava com o fato de que um deles pediria uma vacina em específico que você não sabia que precisava tomar. E agora?

Para evitar problemas durante a sua jornada, certifique-se de estar com a documentação completa necessária, e para isso pesquise com antecedência todos os documentos que são requisito em cada um dos seus destinos, pois eles podem variar. Confira uma lista básica:

  • Passaporte: o melhor amigo de viajantes que resolvem se aventurar por outros países deve estar dentro da validade e, de preferência, ao menos 6 meses distante do vencimento, considerando a data de retorno (essa é uma exigência em alguns países).
  • RG: vai viajar pela América do Sul? Geralmente, apenas ele já é suficiente, mas lembre-se de pesquisar antecipadamente. Deve estar em bom estado de conservação, com a foto atualizada e ter menos de 10 meses de emissão.
  • Certificado Internacional de Vacinação (CIVP): vale reforçar: sempre descubra antes da sua viagem se os lugares pelos quais você vai passar exigem determinadas vacinas, como a de febre amarela ou cólera.
  • Visto: nem todos, mas muitos países só permitem a entrada de viajantes com vistos, então programe-se para tirá-los.
  • Seguro viagem: esse é um requisito indispensável para qualquer viagem. Ninguém espera precisar usar, mas ter um seguro é a garantia de que você estará amparado caso ocorra qualquer imprevisto durante a sua viagem, seja ele simples, como um extravio de bagagem, seja mais complexo, como um problema de saúde repentino.
  • Comprovantes: passar pela imigração é um momento assustador para muita gente, mas munido de sinceridade e dos documentos certos, é só ter tranquilidade que você se sairá bem. Leve todos os comprovantes de compra de passagens, especialmente da passagem de volta, reservas de hotéis, de passeios, saiba de cór qual a quantidade de dinheiro que está com você e o que mais acreditar que possa ser útil.

Bagagem: tamanhos e pertences indispensáveis

Lembre-se de que você vai passar um bom tempo carregando a sua mochila por aí, por isso o ideal é que ela tenha um tamanho médio, nem grande demais, nem pequena demais. Opte por algo com capacidade entre 40 e 50 litros. Essas medidas contribuem ainda para mantê-la nos requisitos de mala de mão, assim você não precisará desembolsar mais dinheiro para despacho.

Quando se trata de itens pessoais, menos é mais em um mochilão. Leve apenas o essencial e esteja preparado para fazer adaptações para otimizar o espaço.

Agora você já sabe tudo sobre como fazer um mochilão. Essa é uma experiência única que requer desapego e flexibilidade. Não permita, por exemplo, que o fato de estar viajando sozinho seja um entrave. Planeje, seja adaptável e aproveite cada momento desse que certamente será um dos momentos mais memoráveis da sua vida.

E não se esqueça de fazer um seguro para viajar com mais tranquilidade. Problemas simples, como uma intoxicação alimentar, podem, além de tomar dias da sua viagem, fazer com que você gaste muito além do planejado. Previna-se!

Falando em alimentação, sabia que o que você come pode influenciar bastante a qualidade da sua viagem? Entenda aqui quais são os alimentos mais recomendados para quem vai fazer um mochilão.

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